Aproveitando as ferramentas e as oportunidades certas para promover a equidade de saúde em prol de populações carentes

Conforme afirma seu diretor financeiro Jonathan James, Ph.D., o Axis Medical Center precisou se esforçar para ganhar a confiança da comunidade de pacientes na região metropolitana de Minnesota. Em um recente artigo sobre iniciativas de equidade de saúde publicado pela Health Evolution, ele descreve o trabalho de sua equipe para atender uma população de pacientes entre os quais 50% estão abaixo da linha da pobreza e mais de 80% são mais bem atendidos em outra língua que não seja o inglês.

Para gerar confiança e melhorar a comunicação com as populações de pacientes imigrantes, James afirma que remover a barreira linguística e as diferenças culturais foi um passo importante. Para preencher essa lacuna, uma das saídas que ele encontrou foi a contratação de estudantes de medicina internacionais, que poderiam não só atuar como intérpretes para os pacientes, mas também ser uma presença confiável capaz de criar familiaridade cultural e um senso de confiança.

“A mesma história sempre se repete nessa população: a negligência vira uma placa de Petri para o surgimento de doenças. Adversidades de saúde que poderiam ser solucionadas permanecem sem respostas porque essas pessoas não têm acesso a tratamento, não sabem que ele existe, não podem chegar ao local ou enfrentam dificuldades linguísticas. Segundo James, “um grande número de nossos pacientes não estaria sofrendo hoje se tivesse acesso prévio a um bom serviço médico”.

Telessaúde pode fazer a diferença

Os especialistas concordam que a telessaúde pode ser essencial para reduzir algumas barreiras comuns à equidade de saúde, pois esse recurso permite que os pacientes consultem profissionais da área médica de maneira conveniente durante intervalos rápidos no trabalho ou caso não haja transporte disponível.

“Os pacientes gostam da ideia de não precisar perder um dia inteiro de trabalho para ir fisicamente até uma clínica. Em vez disso, podem fazer uma ligação de 15 minutos pelo celular. A telessaúde veio para ficar”, comenta Karen Gottlieb, diretora executiva da Americares Free Clinics em Stamford, Connecticut. No artigo da Health Evolution, ela explica que 90% da população de pacientes latino-americanos que atende usa um modelo híbrido de telessaúde e consultas presenciais para manter a assiduidade do tratamento e para acessar tratamentos especializados urgentes.

Ajuda para quem presta ajuda

As equipes de James e Gottlieb precisam gerenciar recursos limitados para atender a comunidades que enfrentam desigualdades e iniquidades de saúde. Para que os profissionais da saúde possam acessar as evidências médicas e as orientações clínicas mais recentes que os ajudem a tomar decisões nos centros de atendimento, incluindo durante ligações de telessaúde, o Axis e a Americares recebem assinaturas gratuitamente no sistema de suporte a decisões clínicas UpToDate® por meio de seu programa de doações.

Com acesso a recursos que ajudam a responder até às perguntas clínicas mais complexas e com materiais educacionais em vários idiomas, os profissionais podem passar menos tempo presos a pesquisas e mais tempo interagindo diretamente com os pacientes. Para James, isso é essencial em iniciativas de equidade de saúde.

Muitas vezes, os profissionais de saúde “esquecem de descer do pedestal”, segundo James. “Agimos de muitas formas erradas porque nos consideramos detentores do verdadeiro conhecimento. Nós fizemos faculdade. Nós sabemos de tudo. Erramos quando paramos de ouvir o paciente. Erramos quando não consideramos a humanidade das pessoas como o pilar fundamental.”

Entendendo a diferença entre equidade e igualdade de saúde

Embora similares, os termos equidade e igualdade de saúde representam duas abordagens diferentes quanto ao tratamento médico.

Igualdade de saúde significa que o serviço e o acesso ao tratamento devem ser iguais para todos. Por exemplo, isso pode indicar que, para qualquer situação econômica, identificação pessoal ou fator de risco, todos os pacientes devem receber os mesmos testes e tratamentos, nos mesmos intervalos e para as mesmas condições. Esse cenário exclui qualquer parcialidade.

Já a equidade de saúde busca nivelar a situação ao considerar barreiras sistêmicas que possam limitar o acesso de alguns grupos ao tratamento, incluindo barreiras originárias do racismo, do sexismo, da pobreza, entre outras injustiças. No cenário de equidade de saúde, os profissionais consideram a influência de fatores sociais determinantes para a saúde e estratégias para lidar com eles.

Acesse HealthEvolution.com para ler na íntegra o artigo sobre o trabalho que a Americares e o Axis Medical Center fazem em prol da equidade de saúde.

Saiba mais sobre o programa global de doações do UpToDate para qualificar médicos e organizações.